
Toda noite era assim, o pai ia até o quarto do filho e mexia em algo na cabeceira da cama dele, era um código entre eles no qual a interpretação era, "meu pai mexeu, então ele esteve aqui. Ele não me esqueceu."
E foram assim todas as noites. E nas manhãs de muito sol, de chuva, de mormaço, de frio, de leveza, de brincadeira, do que fosse, o filho tinha certeza ou não se o pai tinha passado lá. E a certeza sempre era para o sim. Porque o pai mesmo sem tempo nenhum, chegando em casa tarde, precisando trabalhar, ser o chefe da casa, com dívidas para pagar, sabia que aquele serzinho ali era tudo, sabia que deveria se fazer presente, mostrar que esteve ali, que não esqueceu do filho em nenhum momento, sabia que tinha que ser pai de verdade, para o filho saber com quem contar, só pra ele saber que tinha um pai, para ele saber que era importante, que fazia toda diferença, que era um pedaço que faltava. um pedaço do pai, um pedaço do elo que formava a corrente. um elo pra sempre.
E foram assim todas as noites. E nas manhãs de muito sol, de chuva, de mormaço, de frio, de leveza, de brincadeira, do que fosse, o filho tinha certeza ou não se o pai tinha passado lá. E a certeza sempre era para o sim. Porque o pai mesmo sem tempo nenhum, chegando em casa tarde, precisando trabalhar, ser o chefe da casa, com dívidas para pagar, sabia que aquele serzinho ali era tudo, sabia que deveria se fazer presente, mostrar que esteve ali, que não esqueceu do filho em nenhum momento, sabia que tinha que ser pai de verdade, para o filho saber com quem contar, só pra ele saber que tinha um pai, para ele saber que era importante, que fazia toda diferença, que era um pedaço que faltava. um pedaço do pai, um pedaço do elo que formava a corrente. um elo pra sempre.
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